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A crise que assola a Expresso Gardênia ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira, 22. Após ter boa parte de suas linhas suspensas, a empresa, que opera em várias cidades do sul de Minas, demitiu 60 funcionários nas filiais de Poços de Caldas, Itajubá e Pouso Alegre.

A companhia de transportes alega repasse momentâneo das linhas para outras empresas após os trabalhos de fiscalização, no âmbito da operação Ponto Final, realizada pela Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra) e Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER), do Governo do Estado, sobre as linhas intermunicipais operadas na região. Além disso, a Gardênia afirma que sem a entrada de capital, não há como manter todos os funcionários e essas demissões já fazem parte do processo de reestruturação da empresa.

Quase a totalidade das linhas da Gardênia estão sendo operadas por outras empresas até outubro ou até a empresa adequar os ônibus e conseguir cumprir com os horários das viagens. Os funcionários deverão receber oficialmente o documento de desligamento até o fim da semana. A empresa afirma ainda que tudo é feito com o acompanhamento do sindicato da categoria e da Justiça do Trabalho.

A companhia de transportes alega repasse momentâneo das linhas para outras empresas após os trabalhos de fiscalização.

Desde abril, cerca de 30 ônibus foram retidos e linhas estão sendo operadas por outras empresas, como Gontijo, Cambuí e Santa Cruz. Os veículos, segundo a Seinfra, foram retirados por condições inadequadas de operação e de manutenção.

A empresa promete apresentar um plano de retomada dos serviços com a melhoria da frota, mas o Governo do Estado já avalia a longo de 180 dias a possibilidade de acabar com os contratos da Gardênia.

Em entrevista ao G1, o advogado que representa a Gardênia, Leonardo Silva, disse que no momento a empresa não consegue ter receita para fazer a restauração da frota e responder o que foi pedido pelo poder concedente das linhas e, ao mesmo tempo, custear a folha de pagamento.

Além disso, ele disse ainda que a empresa reconhece os pedidos feitos e que trabalha para retomar o serviço. Ele também pede que o processo continue com transparência.

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FONTE: G1/DIÁRIO DO TRANSPORTE/ÔNIBUS BRASIL

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