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Especialista em Comunicação Social e graduando em psicologia

**Vice-presidente do Solidariedade/Poços de Caldas


Redes Sociais @sennaconversa

Recentemente, uma figura importante da psicanálise voltou aos holofotes: Sigmund Freud. Seu clássico “Psicologia das Massas e Análise do Eu” ajuda a explicar um fenômeno recorrente na política — a dificuldade dos eleitores em se desvencilharem de certos líderes carismáticos. 


Tomemos como exemplo os casos de Jair Bolsonaro e Lula. Ambos constroem uma imagem de salvadores da pátria, cada um a seu modo. Prometem segurança, combate à corrupção, justiça social. Vão além de propostas concretas e se transformam em símbolos dos anseios dos seus eleitores.


É aí que mora o perigo. Ao depositar esperanças quase messiânicas nesses líderes, seus seguidores embarcam em relações emocionais profundas, não racionais. Identificam-se tão intimamente com eles que qualquer crítica soa como um ataque pessoal.


Em sua obra seminal, Freud argumenta que o ego dos indivíduos se enfraquece em grupos ao mesmo tempo que cresce a influência do inconsciente coletivo. Assim, eles ficam mais suscetíveis a idolatrar uma figura messiânica, projetando nelas qualidades sobre-humanas. 


**Em resumo, Freud explica que os seguidores tendem a idealizar o líder, depositar nele suas esperanças e abrir mão do pensamento crítico, levando a uma dependência emocional e psicológica.*

Bolsonaro e Lula sabem disso e alimentam propositalmente esse vínculo. Manipulam os desejos e medos de seus apoiadores, tornando-se os únicos capazes de acalmá-los. Calam fundo no inconsciente coletivo.

Nesse processo, a individualidade cede espaço a um comportamento de manada. As massas abrem mão do pensamento crítico e se entregam cegamente ao líder, mesmo quando suas ações contradizem o discurso.

Seria saudável que os eleitores de Bolsonaro e Lula reconhecessem essa dinâmica emotiva. Que entendessem que esse personalismo exacerbado é arriscado. Uma democracia madura exige cidadãos conscientes, não torcedores fanáticos.

Ao invés de esperar messias salvadores, precisamos cobrar e fiscalizar nossos representantes. Só assim construiremos uma sociedade mais justa e igualitária. Freud explica o método, cabe a nós, aprender a lição.

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