No próximo domingo, 19, Poços de Caldas será palco de um evento singular destinado a fomentar o entendimento e o aprofundamento das pautas dos movimentos negro e indígena no Brasil. O encontro acontecerá no espaço Arte Ziriguidum, localizado na Rua Ouro Preto, 102, às 15h.
Inspirado pela obra de Antônio Bispo, que afirmou: “No dia em que os quilombos perderem o medo das favelas, que as favelas confiarem nos quilombos e se juntarem às aldeias, todos em confluência, o asfalto vai derreter”. O evento planeja confluir saberes provenientes de diferentes vivências e perspectivas. A iniciativa busca evidenciar as semelhanças entre os dois movimentos, valorizando todos os modos de vida e promovendo a coexistência harmoniosa. “A intenção é que todos os modos de vida sejam validados, respeitados e que coexistam em harmonia”, destaca a organização.
A mesa de discussão contará com a participação de Tarisson Nawa, indígena Nawa do Acre, jornalista e doutorando em comunicação e antropologia. Tarisson é representante da APINAWA em Brasília, membro da ABIA e co-fundador da ABRINJOR, com pesquisas focadas em autodemarcação e comunicação indígena no Brasil e na Amazônia. Também compondo a mesa estará Lucas dos Santos, professor de História e pesquisador nas áreas de educação antirracista e cultura afro-brasileira, além de co-criador da Plataforma Projeto Curas.
O evento contará com a colaboração de importantes personalidades para a realização da roda de conversa. Marcelo Oliveira, fundador do Coletivo Cultural Ébano, é coreografo, produtor cultural e diretor artístico, com uma paixão intensa pelos debates sobre causas raciais. Rafaela Zincone, idealista, indigenista e arquiteta, dedica-se à filantropia voltada para questões socioambientais com populações tradicionais. Kézia Nunes, dançarina, professora, ativista cultural e membro do Coletivo Cultural Ébano, também trará sua contribuição ao evento. Giulianne Martins, mãe, indigenista, professora de fotografia e retratista formada pelo Instituto de Nova Iorque, enriquecerá as discussões com sua vasta experiência. Helena Maria, estudante de Direito, cofundadora do Coletivo Cultural Ébano e defensora dedicada da causa negra, também marcará presença. Évila dos Anjos, mulher indígena de Belém-PA, artista de cena, performer, gestora cultural, educadora social e pedagoga, e Dalmoni Lydijusse, artista plástica, professora e criadora do espaço de manifestações artísticas e culturais Ziriguidum, completarão o time de colaboradores.
Organizado pelo Coletivo Cultural Ébano de Poços de Caldas em parceria com o espaço Arte Ziriguidum, o evento será gratuito. Os participantes são convidados a trazer alimentos para compartilhar, fortalecendo a construção de um espaço afetivo e comunitário. “Esperamos que este encontro promova uma verdadeira confluência de ideias e experiências”, afirmam os organizadores. O evento promete ser um marco na promoção da união e do respeito entre as diferentes culturas que compõem a sociedade brasileira.
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FONTE: ASCOM Coletivo Cultural Ébano
